‘Dia Mundial do Rim 2017’ tem como temas doença renal e obesidade

AMMGSociedade Mineira de Nefrologia ilumina fachadas de prédios de azul e vermelho como alerta às enfermidades

O ‘Dia Mundial do Rim’, este ano celebrado na mesma data do dia do nefrologista (9 de março), tem como temas ‘Doença renal e obesidade – estilo de vida saudável para rins saudáveis’. A doença renal crônica (DRC) atinge 10% da população mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças. Para relacionar esta enfermidade com o ganho excessivo de peso e alertar a população, a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), em parceria com a Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN), ilumina a fachada de sua sede, durante todo o mês de março, nas cores azul e vermelho, para chamar a atenção da comunidade para uma doença silenciosa.

Ainda no dia 9 de março, representantes da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o presidente da SMN, Daniel Calazans, e outras entidades ligadas ao temas estarão no Senado, em Brasília, apresentando a real situação do sistema de terapia renal substitutiva no Brasil. “No país, a maior parte dos diagnósticos já é dado na etapa final da DRC, o que dificulta o manejo e a reversão do quadro do paciente”, explica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), nos últimos 15 anos, mais que dobrou o número de pacientes em hemodiálise no Brasil. Isto se deve principalmente ao envelhecimento da população, obesidade hipertensão e diabetes.

As atividades continuam no dia 11 de março, em Tiradentes, com a participação de integrantes da Sociedade Mineira de Nefrogologia, durante o encontro da Associação Mineira do Centro de Nefrologia (Amicen), para falar também da doença no estado. No dia 18 de março, para fechar a programação acontece a Reunião Multidisciplinar: Doenças Renais Crônicas e Obesidade, na sede da Associação Médica de Minas Gerais. Aberto a médicos, profissionais de saúde e público leigo.

A obesidade está intimamente ligada a estas doenças que são as principais responsáveis pela disfunção renal terminal. Cerca de 60% dos dialíticos estão ali em função da hipertensão ou do diabetes. Esta relação, de acordo com o diretor científico da SMN, José de Resende Barros Neto, é conhecida como síndrome metabólica e tem no excesso de insulina, tipo de hormônio produzido pelo nosso corpo, e na resistência à sua ação, como sendo suas causas base. “A raiz do problema é a alimentação. O consumo abusivo de açúcares, farináceos e produtos industrializados tem tornado essas doenças cada mais prevalentes e uma das consequências é o aumento nos casos de insuficiência renal crônica terminal. Deve-se atentar para isso ao invés de apenas tratar os galhos, enchendo os pacientes de remédios, e vendo o problema crescer dia a dia.”

O ‘Dia Mundial do Rim’ deste ano quer levar às pessoas informações sobre como prevenir e tratar o excesso de peso. O presidente da SMN, Daniel Calazans explica que outro embate para o diagnóstico e tratamento é o fato de o doente, muitas vezes, ter o primeiro contato com o nefrologista já no momento de admissão para a hemodiálise. “É de fundamental importância a prevenção e uma avaliação com o seu nefrologista principalmente no grupo citado”, destaca.

O que é DRC? Como é tratada?

Doença renal crônica (DRC) é a perda progressiva da função dos dois rins. Quando os rins falham e a capacidade de funcionar cai abaixo de determinado nível, o que chamamos de insuficiência renal, as impurezas não são retiradas do sangue e afetam os órgãos do nosso corpo, como o coração, pulmões, músculos, estômago e cérebro. Isso pode se tornar uma ameaça à vida da pessoa e requer atenção urgente. Atualmente não existe cura para a DRC. Os tratamentos atuais são as diálises (filtragem do sangue por outros meios) ou o transplante (que depende de um doador compatível), e devolvem parte da qualidade de vida do paciente.

 Como é detectada?

No começo, a DRC não tem sintomas. A pessoa pode perder 90% da função renal sem perceber. Por isto a prevenção e a detecção precoce são essenciais, pois permitem controlar o avanço da doença e a necessidade de tratamentos mais complexos. Exames de urina e de sangue podem detectar o início da doença.

Quais são as causas da DRC? Quem está no grupo de risco?

Hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes são as causas mais comuns de DRC. Pode afetar pessoas de todas as idades e raças. O risco é maior para pessoas mais velhas, sofrem de diabetes e/ou pressão alta, tem pessoa na família que tenha DRC, ou seja, de origem africana, hispânica, oriental ou aborígene. Se a pessoa está no grupo de risco deve obrigatoriamente consultar um nefrologista periodicamente.

 Como prevenir a DRC?

  1. Mantenha-se em forma e pratique atividade física regularmente;
  2. Controle o nível de açúcar no sangue (glicemia) para evitar o diabetes;
  3. Monitore sua pressão arterial;
  4. Mantenha sua alimentação saudável e evite o sobrepeso;
  5. Mantenha-se hidratado, tomando líquidos não alcoólicos;
  6. Não fume;
  7. Não tome remédios sem orientação médica;
  8. Consulte um médico regularmente para verificar a situação dos seus rins.

Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia

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