Presidente da AMMG e do SINMED/MG participam da Tribuna Livre na Câmara Municipal

AMV Camara 045 AMV Camara 041AMV Camara 047  Na segunda-feira (6/07), o presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Dr. Lincoln Lopes Ferreira, e a presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (SINMED/MG), Dra. Amélia Maria Fernandes Pessôa, participaram da Tribuna Livre na Câmara Municipal de Varginha. O assunto exposto foi o “Programa Mais Médicos”, lançado pelo Governo Federal e que a Prefeitura Municipal de Varginha encaminhou a Câmara para ser discutido.

O presidente da AMMG reconheceu que a presença dos médicos no Brasil está mais concentrada nos grandes centros urbanos e regiões mais ricas, o que dificulta o acesso da população a esses profissionais. Esse problema se justifica pelo sucateamento da saúde pública e pela má infraestrutura dos hospitais e postos de saúde no interior e periferia das grandes cidades.

“Nós temos trabalhado para obter uma Saúde Pública de qualidade, mas enquanto a saúde brasileira não atingir patamares internacionais de financiamento, nós ainda veremos pessoas nos corredores dos centros médicos, mortes sem necessidade, mau atendimento, não importando o número de profissionais existentes. Os médicos brasileiros estão recusando emprego, pois as condições de trabalho são ruins, não tem nem para onde destinar os pacientes. O programa não resolve o problema da saúde”, afirmou o médico.

Outra critica é a contratação dos médicos estrangeiros para trabalhar sem a necessidade de fazer a prova do Revalida, sem a qual o bacharel em medicina não pode exercer a profissão. A categoria médica reclama que a medida fere a legislação brasileira. “Não somos contra a vinda de estrangeiros para trabalhar no Brasil, mas desde que eles passem pelo processo de revalidação do diploma. Sem a prova, o exercício da medicina é ilegal”, disse o presidente da AMMG.

A presidente do SINMED/MG também criticou o fato do “Programa Mais Médicos” não ter merecido um debate com as entidades médicas. “O Sindicato tem o dever constitucional de cuidar do trabalho médico, e esse Programa foi uma solução muito simples e apressada demais para um problema tão complexo do país, que é a precariedade da saúde. O médico precisa de uma remuneração justa, concurso público e carreira médica, além de boas condições de trabalho, o que não é realizado pelo Programa”, avaliou Dra. Amélia.

O presidente da Associação Médica de Varginha, Dr. Alberto Severo de Paiva Filho, agradeceu o trabalho e a dedicação dos médicos em prol de melhorias na medicina e no atendimento aos pacientes.

O ex-presidente da AMV, atual diretor de patrimônio, e vereador, Dr. Armando Fortunato Filho, disse que “as entidades médicas de Varginha tem apoiado a presença de professores e estudantes da Unifenas que darão inicio das atividades na próxima semana, e que também tem apoiado vigorosamente a implantação da faculdade federal de medicina da Unifal, que poderão prestar serviços médicos de maior qualidade no Hospital Bom Pastor, Hospital Regional e na UPA, além das demais Unidades Básicas de Saúde, trazendo mais recursos públicos do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação para a nossa cidade”.

Os demais vereadores que estavam na Câmara Municipal agradeceram pela presença dos médicos, afirmando que os argumentos foram esclarecedores.

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