Encontros trabalham a superação do luto

AMMG Logo ok   Em abril e maio, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Grupo de Atendimento a Enlutados promove reuniões para a troca de vivências entre pessoas que perderam entes queridos. Inscrições gratuitas.

 Grupo de Atendimento a Enlutados de 19h30 às 21h, nos meses de:

Abril: 1º, 8,15, 22 e 29 (segundas-feiras) e Maio: 6, 13,20 e 27 (segundas-feiras)

Local: AMMG – Av. João Pinheiro, 161 – Centro – Belo Horizonte/MG

Informações: (31) 3247 1616. Vagas limitadas.  Inscrições gratuitas.

Uma das mais cultuadas escritoras brasileiras, Clarice Lispector, em um de seus poemas no livro “Aprendendo a viver”, diz: “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver, apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente”. O poema, de acordo com as coordenadoras do Grupo de Atendimento a Enlutados (GAL), Mariel Paturle e Júnia Drumond serve para uma série de reflexões propostas durante as dinâmicas promovidas pelo grupo.

O GAL, criado pela Sociedade de Tanatologia de Minas Gerais (Sotamig), com apoio da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), oferece durante os meses de abril (1º, 8, 15, 22 e 29) e maio (6,13,20 e 27), de 19h às 21h, na sede da AMMG, encontros abertos ao público e voltados às pessoas que vivenciaram alguma perda há pelo menos dois meses. Necessária a inscrição prévia.

Para a psiquiatra Mariel Paturle, por mais que tentemos constantemente nos distanciar da realidade das perdas, não há como escapar das intempéries da vida. “Passar por uma decepção amorosa, ficar desempregado, envelhecer, perder ‘aquela bolada’ de dinheiro são situações cotidianas difíceis de superar. O que dizer então sobre a maior perda de todas, a morte?”, questiona Paturle.

Ela explica que, infelizmente, em nossa cultura não estamos preparados para enfrentar, crescer e viver a partir das nossas perdas e mortes. “Somos muito cobrados e impelidos a comprar, ganhar e vencer. A negação da nossa mortalidade, ou até da nossa falibilidade, acaba gerando um controle exagerado de emoções absolutamente naturais e até um exagero no uso de medicamentos que prometem ajudar no controle dessas reações”, pondera a médica.

Segundo a psicóloga Júnia Drumond, depois de qualquer perda, são naturais reações como negação, raiva, revolta, tentativas de negociação e tristeza. Mas ela ressalta que essas emoções têm uma quantidade e um tempo para acabar. “A partir daí, devemos começar a pensar na possibilidade de abertura para novas tarefas. Cuidar de nós e dos que ainda estão à nossa volta. Enfim, nos reinventarmos, juntarmos os nossos caquinhos e reaprendermos a viver”, explica Drumond.

Nos encontros são utilizadas técnicas de harmonização, relaxamento, respiração, visualizações criativas, técnicas projetivas, além de informações importantes e uma série de dinâmicas que visam minimizar o sofrimento da perda, ajudando as pessoas a não esquecerem seus mortos, mas sim, a achar um lugar para eles em sua vida. “A Tanatologia nos ensina que refletir e falar sobre a morte é refletir e falar sobre a vida. Aprender a lidar de forma mais natural com as perdas no ciclo vital pode trazer uma melhor qualidade de vida e uma ressignificação de valores cultuados por nossa Sociedade”, completa Drumond.

As reuniões são abertas ao público. As vagas estão disponíveis e serão preenchidas por ordem de inscrição. Mais informações: (31) 3247 1616 ou www.sotamig.com.br.

ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:

Assessoria de Imprensa da AMMG – 27/03/2013

Daniela Colen / Nétali Leite / Renata Clímaco

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